‘ADOÇÃO, UM ATO DE NOBREZA’
Minha postagem de hoje faz parte da ‘blogagem’ coletiva denominada ‘ADOÇÃO, UM ATO DE NOBREZA’ – proposta por GEORGIA AEGERTER, do BLOG BLOGAGEM e por DÁCIO JAEGGER, do CHEGA MAIS…
Agradeço a ambos pelo convite, por me darem a oportunidade de participar dessa blogagem tão especial.
FILHOS DO CORAÇÃO
Quase todo mundo conhece a história de um casal que por não poder ter filhos biológicos e resolve adotar uma criança. Eu também conheço uma história assim.
Márcio e Ana. Pessoas maravilhosas. Dois amigos queridos. Ambos se conhecerem- ainda no tempo de escola. Apaixonaram-se, namoraram por longo tempo, até que se casaram.
Após dois anos de união, como qualquer casal feliz, iniciaram-se os planos para aumentar a família. Mas aí começaram os problemas: tentativas frustradas; dois abortos espontâneos que quase levaram Ana à morte e, por fim, a constatação da impossibilidade de poderem ter filhos.
Lembro o instante em que me contaram sobre a decisão de adotar uma criança. Ana citou a seguinte frase: '– O sonho não está desfeito. Deus tem um plano para nossa vida e é o de ligá-la a uma outra vida que, em algum lugar, espera por nós'.
Não vou dizer que foi fácil para eles. Foram muitas idas e vindas de um lugar a outro, em função da papelada e de visitas a instituições.
A adoção de uma criança no Brasil é ainda um processo demorado, que requer muita paciência e muita perseverança.
Nesse meio tempo se depararam também com a triste realidade do preconceito. Infelizmente, no Brasil, ainda hoje a maioria das famílias que decidem pela adoção querem recém-nascidos brancos, do sexo feminino e sem deficiências.
O longo tempo de espera se dá também por conta dessas exigências. São inúmeros os casos de adoções frustradas; onde quem sofre é a criança, por se sentir mais uma vez rejeitada.
Márcio e Ana vivenciaram muitos momentos tristes, enquanto se enchiam de esperanças e faziam reservas de amor. Hoje são pais de duas crianças encantadoras: uma menina e um menino. Tudo feito de forma consciente, sem preconceitos e movido pelo amor, como penso que deva ser.
A criação de ambos é baseada na verdade e repleta de carinho e cuidados. Sabem que são filhos do coração. Anninha já está com doze anos. Adoro quando, orgulhosa, ela me diz: '– Tia, a minha mãe é linda e a melhor mãe do mundo'.
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17:02
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13 comentário(s):
Não é so no Brasil que é ainda tao dificil a adpoção...tambem em Portugal o é...motivado exactamente pelos mesmos motivos que mencionou neste "Filhos do Coração"
Felizmente que tambem existem pessoas maravilhosas como a Ana e o Márcio...que acima de tudo querem Amar..Compartilhar...Ajudarem a ser Felizes...crianças que por diversos motivos...nao tiveram pais que os quisessem ou pudessem amar como mereciam...
Tudo de bom para essa Bonita familia.
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Vivi esse trâmite da adoção quando minha irmã adotou meu sobrinho João. Sei que é complicado, muitas vezes até injusto. Morríamos de medo da mãe biológica a qualquer momento se arrepender e querê-lo de volta..
João foi abandonado num hospital, num sábado de páscoa... domingo ele estava lá em casa! Mas a bio dele deu endereço errado e sumiu... depois de quase 2 anos ele foi finalmente registrado.
Hoje ele é nosso. :)
É um amor sem igual... e João é uma criança fantástica, amorosa e FELIZ! Vive com um sorrisão na cara!
Rita, que linda e sofrida ao mesmo tempo a estória de Ana e Márcio. Que bom que eles tiveram um final feliz para eles e paras essas duas criancas que eles adotaram.
Muito obrigada pela participacao.
Valeu.
Um grande abraco
Passando para dizer que discutir esse assunto na blogagem foi muito bom para romper muitos preconceitos.
Abracos
Eu tive uma filha depois de 7 anos de casada. Evitávamos por causa de um problema renal meu, sério.
Devido a esse problema minha filha foi retirada no 6 mês de gestação. Nasceu com 925 gramas e 35 centímetros. Nasceu perfeita. Mas precisava ganhar peso para sair do hospital. Saiu mas por negligência do pediatra ela estava com pneumonia e são sabíamos. Ficou 8 dias em casa. Foi internada às pressas. Faleceu com 2 mese e 5 dias. Nossos planos sempre foi adoção. Agora, que não podemos tentar de novo estamos antcipando esses planos, mas nos deparamos com muitas dificuldades. Infelizmente a adoção é algo muito complicado e demorado. Mas vamos perserverar até conseguir.
Temos um amor imenso esperando por essa criança.
Mãe não é quem gera, é quem cria, quem cuida com amor!
UMA DICA PARA VOCÊ.
DE UMA OLHADA NO MEIO FÁCIL DE DIVULGAÇÃO DE SEU TRABALHO LÁ NO MEU BLOG, COMECEI A USAR E JÁ VI O RESULTADO
ABRAÇOS
Olá, belíssimo texto... Gostei !!!
Beijinhos,
Fernandinha
Olá, passei para desejar uma boa noite... Beijinhos de carinho,
Fernandinha
Rita
Não sei se hoje ainda é tão difícil fazer uma adoção legal como era em tempos passados. Tenho uma irmã que, já com filhos adultos e aguardando o nascimento de sua primeira neta, e já em um segundo casamento, resolveu, ou melhor, resolveram (ela e o marido) adotar uma criança, porque ainda tinham muito amor pra dar. Foi uma longa espera, muita burocracia, mas finalmente deu tudo certo. Aquele menininha é agora uma mulher adulta, advogada, e até hoje ainda chama minha irmã de "minha mãe amada". Meu cunhado foi um ótimo pai, infelizmente já fez sua "Grande Viagem" há bastante tempo, mas foi um pai feliz.Bom que todas as adoções fossem assim, e as pessoas que não desanimem com as dificuldades encontradas, elas têem razão de ser, visam proteger a criança.
Abraço.
Eloah
Rita, estou colocando todos os posts falando sobre adocao num único blog para uma pesquisa. Seu post eu nao consegui copiar.
Vc pode me passá-lo por email? Basta o post.
saiajusta2@gmail.com
caso vc queira ver como vai ficar, já joguei alguns posts da blogagem lá, aqui o link:
http://blog-blogagem.blogspot.com/
amanha pretendo colocar todo o restante.
Um abraco e obrigada
Oi Rita!
Feliz com a sua visita!
Fico feliz também em visitar muitos blogs que estão abordando o tema adoção. Ia falar algo, mas o texto está completo. Não me vem agora nada que possa, no momento, acrescentar. Todas as dificuldades estão descritas no texto.
Ah, acabei de lembrar sobre o que comumente acontecia num passado não tão longe assim - hoje a orientação ( corretíssima) é de logo que possivel esclarecer a criança sobre adoção. Foi um grande erro do passado, que gerou muito sofrimento e problemas de todos os tipos.
Felizmente, os filhos do coração hoje em dia vivem felizes e proporcionam ao casal que deseja o exercício da paternidade grande felicidade. O ato de adotar é sublime, pois ao contrário do que é bem comum, ver filhos gerados, não cuidados e não amados, é o exercício pleno do amor. É a escolha de ser feliz e fazer alguém feliz, amado e realizado.
Louvável também a abordagem da adoção na blogagem solidária, porque com o avanço da medicina atualmente, muitos fazem da adoção o último recurso para o exercício da paternidade.
Grande beijo, Rita!
Olá,
Concordo com o comentário da Sam, a minha experiência pessoal diz que dizer a verdade à criança a respeito da adoção é a melhor prática.
Abraços,
Iêda
Olá,
Passeando pelo blog de Analua, achei o seu.
Passeei por ele e... amei!!!!
Tomei a liberdade de me incluir como uma seguidora sua.
Será uma honra.
quero tbem convidá-la para visitar o meu e se agradar, será tbem uma honra tê-la como seguidora.
htt://umpontodeinterrogacao.blogspot.com
Grande abraço e parabéns pelas suas poesias.
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